“A probabilidade é pequena”, alerta o economista, explicando que “só haverá esse reembolso se a soma do IVA mais o IRS fosse acima de 3,5%”.
Catroga acha que não é impossível que isso aconteça, mas considera que o melhor é os contribuintes não terem muitas esperanças.
“Não nos iludamos”, diz o social-democrata, que conta ao Diário Económico não ter sido consultado por Passos na elaboração do Orçamento do Estado (OE) para 2015.
Eduardo Catroga reconhece que este era um Orçamento muito difícil de conceber, mas sublinha o facto de estar assente em pressupostos “altamente optimistas, muito agressivos” no que toca, por exemplo, às estimativas sobre receitas fiscais, ao crescimento económico e à previsão de queda do desemprego.
“Significa, portanto, que o Governo está a definir um padrão muito exigente para medirmos, depois, a sua eficiência ao longo de 2015”, conclui.
Em final de legislatura, Eduardo Catroga defende que o grande problema orçamental “reside no excesso de despesa pública” e acha o Governo devia ter começado mais cedo a cortar.
“O Governo deveria ter confrontado o país com um programa agressivo sim, mas de redução da despesa pública logo em 2012”, afirma, argumentando que Portugal deveria ter seguido o exemplo da Irlanda.