Em Braga para as Jornadas OE2015 (Orçamento do Estado para 2015) – IV jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, Aguiar Branco garantiu que o PSD não vai "ceder" a eleitoralismos apenas para ganhar as eleições, explicando a necessidade de PSD e CDS-PP continuarem a ser Governo para que não se "desperdice" o "esforço e sacrifícios" dos últimos três anos.
O ministro disse que os "protagonistas" que hoje são a alternativa ao actual Governo "são o rosto das políticas que conduziram à bancarrota" Portugal.
O titular da pasta de Defesa afirmou ainda que o Presidente da República, Cavaco Silva, que em entrevista ao semanário Expresso deixou claro que não antecipará a data das eleições legislativas de 2015, esta "alinhado" com "o país e a Constituição" e que "anormal" seria dizer o contrário.
"Nós vamos ganhar as eleições porque somos melhores do que o António Costa. A segunda razão é porque Portugal precisa que não desperdicemos o esforço e sacrifícios dos últimos três anos", afirmou Aguiar Branco.
O ministro salientou a "volta" dos rostos da governação de Sócrates, acusando o ex-líder do PS de ter "agravado" as contas públicas com objectivos eleitoralistas.
"O PS em 2009, para ganhar as eleições, numa situação de gravidade para as contas públicas, agravou com a sua acção as consequências internas para a crise. Aumentou 2,9% os funcionários públicos, baixou em um ponto percentual o IVA, continuou a investir com obras, em muitas situações de modo sumptuoso, na Parque Escolar, para ir ao encontro da lógica eleitoral. Ganharam as eleições mas levaram à ruína o país", acusou.
"Isso no PSD e na coligação nunca acontecerá", garantiu.
Questionado sobre as declarações do Presidente da República, que afastou um cenário de eleições legislativas antecipadas, o ministro considerou que Cavaco Silva "está alinhado pelo país e pela Constituição" ao não antecipar a data das eleições.
"Não há razão nenhuma para que elas sejam antecipadas, pelo contrário. A focalização que os portugueses desejam que o Governo tenha é nos reais problemas que o país tem, que é preciso executarmos o orçamento para 2015, que continuemos a trabalhar para que haja sustentabilidade nas contas públicas, que o crescimento se mantenha de forma sustentável", disse.
Para Aguiar Branco, "o contrário é que seria de estranhar".
Aos cerca de 250 militantes que assistiam ao discurso de Aguiar Branco sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o ministro deixou uma garantia: "Este é um orçamento que é honesto porque é realista, não é ilusório e dá seguramente a confiança para que aquilo que está a ser dito relativamente a estas matérias é a realidade", afirmou.
Lusa/SOL