Esta é uma das mais de 30 alterações que o Grupo Parlamentar do PS entregou na mesa da Assembleia da República, tendo em vista o debate na especialidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2015.
Confrontado com o facto de os socialistas, no ano passado, terem feito um acordo com a maioria governamental PSD/CDS para a redução gradual do IRC, Vieira da Silva acusou esse bloco político de ter violado o acordo.
"Do nosso ponto de vista, as condições do acordo não foram cumpridas. Esse acordo não foi cumprido nomeadamente em matéria de uma avaliação séria do impacto [da descida do IRC em 2014] e sobre a necessidade de novos passos serem acompanhados por evoluções em outras impostos, designadamente IRS e IVA. Ora, verificamos que isso não acontece e até há um aumento da carga fiscal sobre a generalidade dos portugueses", disse o ex-ministro socialista.
Ou seja, segundo o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, os socialistas discordam de uma nova redução do IRC para "beneficiar certas empresas, não que tenham investido, não que tenham comportamento promotor do desenvolvimento, mas apenas porque, tendo o seu volume normal, irão pagar menos impostos, mesmo as grandes empresas".
Lusa/SOL