"Todos sabem qual é o compromisso do Governo: é o de prosseguir com o processo de privatização, e não é nenhuma greve na TAP que irá colocar em causa esse processo. Esse é um processo que foi espoletado e que conhecerá o seu fim", declarou Pedro Passos Coelho, em conferência de imprensa, no final da III Cimeira Luso-Cabo-verdiana, realizada em Lisboa, no Palácio das Necessidades.
O primeiro-ministro referiu que "foi um Governo socialista que começou com decisões de Conselho de Ministros a alienar participações da TAP a investidores externos, e desde então passaram-se doze anos" e, quanto ao conteúdo do programa de resgate, defendeu: "O memorando de entendimento previa a venda da TAP, não conheço outro significado para a venda que não seja vender. Não se vende para ficar com a empresa".
O chefe do executivo PSD/CDS-PP respondeu assim ao secretário-geral do PS, António Costa, que alegou que o programa de resgate assinado no final da anterior governação socialista, em 2011, com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu previa "que a TAP só seria privatizada parcialmente e nunca na sua totalidade".
Depois, Passos Coelho sustentou que a privatização da TAP é necessária e estratégica: "Aquilo que nós vamos fazer é privatizar a TAP, porque isso é importante para a sobrevivência da própria empresa e é estratégico para a economia portuguesa".
Segundo o primeiro-ministro, se não for privatizada "a TAP irá definhar progressivamente e irá conhecer maiores dificuldades que a impedirão de prosseguir a sua tarefa de modernização e de servir convenientemente os interesses estratégicos para a economia portuguesa".
Lusa/SOL