Em entrevista no programa "A Propósito", de António José Teixeira, Costa sublinhou ser "amigo pessoal" de Vitorino e ter por ele "muita estima e consideração", mas advogou que a "prioridade" das pessoas nesta fase prende-se com as eleições legislativas e não com as presidenciais.
"Neste ciclo político em que estamos, naturalmente que as legislativas vão ter uma atenção especial", vincou.
Todavia, no que às presidenciais diz respeito, o líder do PS disse que nesta fase o "único candidato que se vê agitado é o dr. Santana Lopes", o que resulta, concretiza, de o social-democrata ter de "abrir espaço num campo muito preenchido", com nomes como Marcelo Rebelo de Sousa ou Durão Barroso como putativos candidatos.
"Não compete ao PS escolher candidatos presidenciais. Dou-me por muito satisfeito que todas as sondagens indiquem um perfil convergente, que o próximo PR deve ser um socialista ou alguém da área socialista", acrescentou também.
Antes da entrevista televisiva, já Costa havia manifestado hoje, em Lisboa, o desejo, de forma subtil, de ver o seu "camarada" de partido António Vitorino responder à pergunta sobre a disponibilidade para ser candidato presidencial em 2016.
"Tenho muita pena de não ter assistido ao conjunto deste debate e fico, aliás, na dúvida sobre se fizeram ‘A' pergunta que toda a gente faz sobre o António Vitorino ou se só lhe fizeram perguntas sobre o que ele pensa sobre a TAP, conteúdos digitais?", inquiriu para a plateia António Costa, durante a convenção da sobre "O Papel do Estado nos Setores Estratégicos", organizada pela Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS.
O antigo comissário europeu e ex-ministro de governos liderados por outro possível candidato a Chefe de Estado da área socialista, António Guterres, interrompeu o secretário-geral para frisar, bem-humorado, que aquela era uma "sessão decente".
"Bom, estou a ver que não (perguntaram). Aguardemos então que ele um dia responda", disse o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato a primeiro-ministro, entre sorrisos.
O semanário Expresso publicou hoje uma sondagem segundo a qual António Vitorino, à semelhança de António Guterres, é uma figura à esquerda capaz de derrotar eventuais candidatos ao Palácio de Belém por parte da direita, como Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e Santana Lopes.
Lusa / SOL