Passos Coelho lembrou que a dívida acumula juros e que quanto mais tarde pagasse, maior seria o montante a regularizar.
"Eu sempre regularizei qualquer falha que tivesse tido", reforçou o primeiro-ministro, frisando que o fez "como qualquer cidadão o poderia ter feito".
"Fui eu que quis saber em toda a extensão se havia um problema ou não", afirmou.
Passos esclareceu ainda as declarações feitas ao SOL, nas quais justificava que não tinha cumprido as suas obrigações por "falta de dinheiro ou distracção".
O primeiro-ministro explicou que essas afirmações se referiam aos processos de que foi alvo no Fisco. "Uma coisa são as falhas contributivas outras as de matéria fiscal", disse.
De resto, Passos recusou-se a comentar as declarações do ministro com a tutela da Segurança Social e do Presidente da República, que Ferro Rodrigues considerou serem "amigos" do primeiro-ministro cujas intervenções vieram agravar mais do que ajudar a situação do líder do Governo.
"As hipóteses sobre os amigos eu não vou comentar", respondeu, afastando a ideia de que estas intervenções tenham tido o objectivo de o ajudar na polémica que se gerou em torno da sua carreira contributiva. "Não vejo em que é que a resposta do ministro Mota Soares pode ser incompatível com o seu lugar", limitou-se a comentar.