"Nós dissemos quanto vamos gastar em cada uma dessas áreas [saúde, educação, segurança social, defesa] e não vamos fazer nada que implique um conjunto de restrições e de medidas de austeridade que os portugueses tenham que estar preparados para que o próximo governo anuncie", afirmou Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro falava em entrevista à TVI24, a qual se seguiu a uma primeira ao canal generalista da TVI.
Questionado se vai ser necessário cortar na educação e na saúde respondeu: "não, isso não está previsto".
O chefe do executivo PSD/CDS recordou que o Governo apresentou em abril o Programa de Estabilidade com as perspetivas para os próximos quatro anos.
"A nossa perspetiva é que o próximo ano seja um ano de crescimento da nossa economia muito perto de dois por cento e que isso permita a Portugal resolver uma parte significativa da redução do défice orçamental que ainda existe", acrescentou.
Relembrou que nas medidas propostas "há uma relativa à segurança social que vale 600 milhões" mas que "não significa corte de pensões. E espero que deixe de ser feita uma insistência que é demagógica sobre essa matéria".
Respondendo a uma pergunta colocada através das redes sociais sobre se é possível confiar num primeiro-ministro que não cumpriu o que havia prometido na anterior campanha eleitoral, declarou: "espero que seja possível confiar num primeiro-ministro que quando ganhou as eleições prometeu cumprir um programa de assistência económica e financeira e livrar Portugal da assistência externa e que era o objetivo número um que o país tinha e que eu tinha e eu isso fiz".
Lusa/SOL