Passos não está arrependido de não ter salvo o BES

No dia em que aceitou receber um grupo de lesados do BES que o esperavam à porta de uma sessão de campanha no Cadaval, Passos Coelho reafirmou estar certo de ter agido da forma mais correta no caso Espírito Santo.

«Não me arrependo nem por um segundo de não ter dito à Caixa Geral de Depósitos para ir salvar o Grupo Espírito Santo, porque a função o Estado não é ir salvar grupos económicos», afirmou num jantar com militantes em Torres Vedras, garantindo ter « a maior das preocupações por quem é enganado»

«Ainda hoje falei com pessoas que vivem uma vida angustiada por terem sido enganadas por pessoas que deviam estar já a responder pelo que fizeram», contou aos militantes que acorreram ao jantar-comício, reforçando a ideia de que a solução daqueles que se sentem lesados pelo papel comercial do BES devem recorrer aos tribunais. No que lhe toca, Passos considera ter já feito a sua parte.

«Creio que fizemos alguma coisa ao nível da Justiça para que quem se sinta injustiçado possa recorrer à Justiça», disse o primeiro-ministro, explicando que só com a solução do Governo se evitou que fossem todos os contribuintes a pagar pelos problemas do Grupo Espírito Santo.

«Há uma coisa que evitámos, foi que todo o pais fosse enganado como se fossem lesados do banco», disse.

margarida.davim@sol.pt