O nome do ainda líder parlamentar do PSD, que agora se recandidata ao cargo, chegou a ser dado como uma forte possibilidade para vir a integrar o novo Governo de Passos Coelho, nomeadamente no Ministério dos Assuntos Parlamentares.
Porém, a exigência que o cenário de minoria parlamentar agora acarreta para a coligação de direita e a experiência e provas dadas por Montenegro na anterior legislatura apontavam cada vez mais para uma aposta na sua continuidade à frente da bancada do PSD.
Luís Montenegro justificou, num comunicado enviado à Lusa, que nos últimos dias foi "instado por vários deputados a dar continuidade ao trabalho feito nos últimos quatro anos e meio" mantendo-se à frente da bancada do PSD neste "momento parlamentar mais complexo".
"O povo escolheu de forma livre e clara Pedro Passos Coelho para ser primeiro-ministro de 2015 a 2019 e o programa da coligação Portugal à Frente para ser a base programática do Governo. É pelo respeito da vontade popular que nos bateremos nos próximos dois anos na direção do Grupo Parlamentar. Assumiremos, em todas e quaisquer circunstâncias, as nossas responsabilidades", sublinhou.
Além de "sentido de compromisso e abertura", Luís Montenegro promete "toda a lealdade e cooperação democráticas com os demais grupos parlamentares, com a Mesa da Assembleia da República e com as instituições e órgãos de soberania".
Quanto aos objetivos de um próximo mandato de dois anos como líder parlamentar do PSD, defende que é preciso "evitar o retrocesso económico e evitar o desbaratar do esforço feito" na anterior legislatura.
Nas eleições legislativas de 4 de outubro, Luís Montenego encabeçou a lista da coligação Portugal à Frente pelo círculo de Aveiro.