Partido Livre foi fundado há dois anos

O partido Livre assinala na segunda-feira dois anos desde a reunião que formalizou a sua declaração de princípios, e desde então a força política já concorreu às europeias de 2014 e às legislativas de 04 de outubro.

A 16 de novembro de 2013, o Teatro São Luiz, em Lisboa, foi palco para da primeira reunião preparatória do Livre, partido que o então eurodeputado Rui Tavares – cara mais conhecida do movimento – defendia que se devia posicionar "no meio da esquerda".

Universalismo, liberdade, igualdade, solidariedade, socialismo, europeísmo e ecologia são alguns dos princípios do Livre definidos desde o dia um da sua formação.

Nas europeias de 2014 – o primeiro sufrágio a que a força política concorreu – o Livre foi a segunda força sem representação no Parlamento Europeu que conseguiu mais votos nas eleições de domingo, somando 71.522 votos (2,18%).

Já nas eleições legislativas de outubro deste ano, o Livre, que concorreu como Livre/Tempo de Avançar, agregando outros movimentos, caiu para cerca de 39 mil votos, o que se traduziu em 0,72% das intenções de voto, mas que não permitiu a eleição de um deputado – Rui Tavares era o cabeça de lista por Lisboa.

A candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar juntou o partido Livre e as associações Fórum Manifesto, dos ex-bloquistas Ana Drago e Daniel Oliveira, e Renovação Comunista, o Movimento de Intervenção e Cidadania do Porto (MIC-Porto) – participante na candidatura presidencial do histórico socialista Manuel Alegre – e outras personalidades da esquerda envolvidas no "Manifesto 3D" ("Dignidade, Democracia e Desenvolvimento") e Congresso Democrático das Alternativas, como Boaventura Sousa Santos, Isabel do Carmo, José Castro Caldas, Pilar del Rio ou Ricardo Sá Fernandes.

A escolha dos candidatos da força política às legislativas foi feita através de eleições primárias.

Rui Tavares foi eleito eurodeputado em 2009 como independente nas listas do Bloco de Esquerda (BE) e é desde o começo o rosto mais conhecido do Livre.

Historiador e escritor de profissão, Rui Tavares foi ativo no movimento estudantil, tanto no ensino secundário como superior e, até ao Livre, não teve filiação partidária.

Foi apoiante de partidos políticos como o MDP/CDE, a Política XXI e mais tarde o Bloco de Esquerda, e também de candidaturas da área do PS ou PS/PCP em Lisboa.

Para as presidenciais de 2016 o Livre anunciou já o seu apoio à candidatura de António Sampaio da Nóvoa.

Lusa/SOL