Não foi fácil convencer os sociais-democratas a absterem-se nesta votação. Mas foi mesmo o que acabou por acontecer.
Ontem na reunião da Comissão Permanente, Passos já tinha explicado os motivos para estar ao lado de Costa, protegendo-o de um chumbo anunciado pela esquerda.
É que, sem esta viabilização, ficaria sem efeito a resolução do Banif e isso seria incompatível com as posições que Passos tem tomado na defesa da estabilidade de sistema financeiro.
De resto, Passos já tinha dado ontem publicamente um sinal de que defendia esta solução, dizendo que se fosse primeiro-ministro não teria optado por uma "solução muito diferente".
Com esta votação, fica cada vez mais evidente que Passos e Portas estão a seguir caminhos diferentes na oposição.
O CDS optou por votar contra o Orçamento Retificativo, sublinhando as dúvidas sobre os montantes envolvidos.
BE, PCP, PEV e PAN votaram contra o documento.