Plano B: Salários, pensões e IRS a salvo

Mário Centeno garante que as “medidas adicionais” que estão a ser estudadas têm linhas vermelhas que não serão ultrapassadas. O ministro das Finanças assegurou no Parlamento que o Governo não pretende cortar salários e pensões nem aumentar os impostos diretos para cumprir as metas de Bruxelas.

A "equidade fiscal e a recuperação de rendimentos" é a garantia que o ministro tem para dar aos partidos mais à esquerda, depois de a deputada do BE Mariana Mortágua ter defendido que ficasse esclarecido que não há Plano B.

De resto, Centeno lembrou que o Eurogrupo aconselhou o Governo a "estudar" medidas para o caso de virem a ser necessárias para cumprir as metas, "mas não se diz [no relatório do Eurogrupo] que têm de ser anunciadas". Por isso, o ministro prefere para já não trazer a público o que ainda está em estudo.

Ontem, António Costa tinha usado uma metáfora rodoviária para falar deste Plano B que tantas questões tem motivado à direita. O primeiro-ministro disse que quando planeia uma viagem de Lisboa para o Porto tem em conta uma série de fatores para calcular a hora a que chegará ao destino, mas frisou que não se pode prever "um engarrafamento ou um acidente". Caso haja acidentes, o chefe do Governo admitiu que poderá haver medidas, mas não quis também adiantar quais seriam.

margarida.davim@sol.pt