Havia razões para isso: em março, o PCP tinha-se abstido na votação de um projeto do BE bem mais radical sobre esta matéria. Na altura, os bloquistas queriam mesmo proibir o herbicida que consideram perigoso para a saúde e os comunistas abstiveram-se.
Agora, essa abstenção teria sido suficiente para aprovar a proposta bloquista, porque o PS – que na altura também se absteve – votou favoravelmente o diploma.
Com os votos a favor de PS, BE, PEV e PAN não foi possível aprovar o diploma.
Os comunistas jutificaram-se com a ausência de "estudos" conclusivos sobre a perigosidade do químico. Mas os bloquistas consideraram a votação do PCP "surpreendente".
Entretanto, o PCP apresentou também um projeto de resolução recomendando ao Governo medidas para controlar os filofármacos e sua aplicação sustentável, nomeadamente através da criação de uma comissão multidisciplinar para acompanhar esta área, que deverá ser votado sexta-feira.