Marcelo Rebelo de Sousa mandou fazer uma auditoria interna às contas de Belém. De acordo com o Diário de Notícias já foram detectadas irregularidades e inconsistências e que a iniciativa, que visa a secretaria-geral, estará a gerar algum nervosismo.
"Não se trata de querer corrigir nada em relação ao que vem de trás, mas simplesmente reduzir a despesa de forma criteriosa, reduzindo os gastos ao essencial, tendo em conta a situação do país", declarou ao jornal fonte oficial da Presidência.
O orçamento já aprovado, preparado no anterior mandato, é de 16,4 milhões de euros, o quarto maior em dez anos. As despesas com pessoal diminuíram entre 2011 e 2015 (de 12,3 milhões para 10,3 milhões) mas a aquisição de serviços aumentou de 3,7 milhões para 4,6 milhões. E são estas as despesas visadas pela auditoria.
O alvo desta operação é a secretaria-geral, a estrutura responsável por assegurar o funcionamento dos serviços administrativos, pela gestão de pessoal e pelo orçamento. O objectivo é elaborar um relatório detalhado, que o jornal afirma que está a deixar o secretário-geral nervoso.
Recorde-se que, a Presidência da República tem adquirido tudo por ajuste direto e sem divulgação dos gastos. Numa auditoria do Tribunal de Contas, concluída em setembro do ano passado, a Presidência da República justificou o recurso a este procedimento "por motivos relacionados com a segurança". Belém recorre frequentemente a um mesmo "conjunto de empresas".