Correia de Campos foi o escolhido para suceder a Luís Filipe Pereira. Ou seja, um ex-ministro da Saúde socialista para substituir um ex-ministro da Saúde social-democrata.
Durante meses, os dois maiores partidos tiveram dificuldades em chegar a acordo para a eleição, já que o PSD insistia na ideia de que, sendo a força mais votada nas legislativas, teria direito a escolher o novo presidente do CES.
Depois de vários encontros entre Carlos César e Luís Montenegro, os líderes parlamentares dos dois maiores grupos na Assembleia da República chegaram finalmente a um acordo esta terça-feira, mas só agora foi revelado o nome escolhido.
O acordo entre PS e PSD abrangeu também a escolha de nomes para o Conselho Superior da Magistratura e para a Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado.
Em troca deste acordo, ficou decidido – como o PS propunha desde o início – que o próximo Provedor de Justiça será indicado pelos sociais-democratas. Inicialmente, os sociais-democratas rejeitaram esta proposta, já que Faria Costa só será substituído no próximo ano, altura em que terminará o seu mandato. Mas os argumentos dos socialistas acabaram por prevalecer, terminando com o impasse que se vivia desde o início da legislatura.
A lista única de nomes para os vários órgãos a que se chegou agora a acordo será levada a votos na próxima quarta-feira.
O acordo a que se chegou é fundamental, porque a eleição destes nomes requer uma maioria de dois terços dos deputados em efetividade de funções. Algo que só é possível juntando PS e PSD.
Finalmente fumo branco no CES
Finalmente há fumo branco na escolha do novo presidente do Conselho Económico e Social (CES). Depois de meses de discussões entre PS e PSD, os dois partidos aprovaram finalmente um nome.
