Apesar de não ter revelado como correu o encontro com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa deu a entender que não será pelo PCP que a solução governativa entre os partidos de esquerda não irá continuar.
O líder do Partido Comunista Português realçou os avanços alcançados pelo Governo de maioria esquerda, mas destaca a “excessiva centralidade” quanto à questão do défice e a menor importância dada aos direitos e rendimentos.
“Há setores que não encontraram respostas para os seus problemas como pensionistas e reformados”, afirmou Jerónimo de Sousa, acrescentando que o partido marcará presença nas decisões que envolvam a reposição de direitos dos cidadãos.
Relativamente ao Orçamento de Estado para 2017, Jerónimo de Sousa disse ainda não conhecer o documento, pelo que não avançará com uma posição quanto ao mesmo. Garantiu, porém que o PCP irá dar a sua contribuição.
“Consideramos que é possível avançar, que é possível este rumo da reposição de direitos e rendimentos, que é possível que o nosso país seja um país soberano e independente. (…) Faremos tudo para que esses aumentos salariais se verifiquem tanto na função pública como no setor privado”, disse ainda o líder do PCP.