Se houvesse um prémio de assiduidade para deputados, iria para os dois deputados do PEV. Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira nunca faltaram aos plenários na Assembleia da República: estiveram nos 89 que se realizaram nesta sessão legislativa. Mas não estão sozinhos. Há 12 sociais-democratas, oito socialistas, dois centristas e seis comunistas que não falharam a estas reuniões.
Em 39 semanas, os serviços do parlamento registaram 934 faltas nas várias bancadas, o que dá uma média de 11 deputados ausentes em cada sessão plenária.
O PSD foi o partido que mais faltou. São 452 as faltas dadas pelos sociais-democratas. Um pouco acima das 364 registadas na bancada do PS. Na lista dos faltosos, segue-se o CDS com 79 faltas, o PCP com 24, o BE com 14 e o PAN com o seu único deputado a faltar quatro vezes.
Carlos Alberto Gonçalves do PSD foi o parlamentar que mais vezes falhou os plenários. Eleito pelo círculo da Europa, justificou 11 faltas com trabalho político e 11 com trabalho parlamentar. O segundo mais faltoso, com 21 ausências justificadas, é o socialista Paulo Pisco, também eleito pelo círculo da Europa. E o pódio fica completo com as 20 faltas dadas por “trabalho político” do social-democrata José Cesário.
Nas lideranças partidárias, destacam-se as 13 faltas (três delas sem justificação) de Assunção Cristas, que contrastam com apenas uma falta justificada registada de Catarina Martins e de Jerónimo de Sousa. Passos Coelho faltou metade das vezes de Cristas: apenas seis, sempre justificadas com trabalho político.