A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) diz que a meta do défice de 2,5% para este ano continua em risco e avisa que a segunda metade de 2016 traz desafios. Apesar da redução para os 2,7%, os peritos do Parlamento que avaliam as contas públicas dizem que "para o segundo semestre antecipam-se pressões orçamentais que podem colocar desafios ao cumprimento do objetivo anual", lê-se na nota a que o Jornal de Negócios teve acesso.
O mesmo jornal lembra ainda que apesar da redução, o défice ainda está acima das metas traçadas para o conjunto do ano.
O Governo prevê que o défice fique em 2,2% e o primeiro-ministro, António Costa, garante que o défice ficará "confortavelmente" abaixo da meta de Bruxelas (2,5%). O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta previsão como uma "boa notícia" mas os partidos da oposição não estão tão confiantes.
"Com os dados que disponho não posso tirar as mesmas conclusões, mas talvez o Presidente da República disponha de mais informações que eu disponho e que a generalidade dos portugueses dispõe", disse Passos Coelho.