César diz que “Passos vai ficar mais endiabrado porque país vai melhorado”

Carlos César já tinha chamado “diabinho” a Pedro Passos Coelho e no jantar que marca o arranque das jornadas parlamentares do PS até rimou para voltar ao assunto.

"O pior é que ele vai ficar cada vez mais endiabrado porque o país vai ficar cada vez mais melhorado", versejou o líder da bancada parlamentar socialista, depois de ter dito que Passos Coelho "foi tomado pelo diabo".

"E não há exorcista ou candidato a exorcista, Luís Montenegro, Pedro Santana Lopes ou Rui Rio, que não lhe explique que o mundo e o país não pode ser assim. Que ele não pode atacar toda a gente", lançou César, que acha que nos últimos tempos o líder da oposição tem atacado "as estatísticas, o Governo, o Presidente da República, a Assembleia da República e o Tribunal Constitucional".

Para César, a oposição anda desorientada. "A oposição não tem sorte porque o que escolheu foi a má sorte do país", afirmou o presidente do PS, recordando os bons resultados económicos que vieram contrariar o discurso de Passos segundo o qual vinha aí "o Diabo".

César lembrou a estabilidade conseguida pela aprovação do segundo Orçamento do Governo, mas também os números que mostram que a economia "cresceu quatro vezes mais do que a Comissão Europeia previa", os "100 mil empregos líquidos criados" e a redução de 85 mil desempregados e o aumento "exponencial" do investimento estrangeiro, que na indústria transformadora cresceu 74%.

"Os mercados estão cada vez mais tranquilos", acrescentou, frisando que "pela primeira vez" a Comissão Europeia aprovou a proposta de Orçamento do Governo português "sem quaisquer medidas adicionais". E citando dados do INE que mostram uma "diminuição da dívida pública".

Descentralização é prioridade para o Governo 

"Tudo isto pela mão e pela ação do Governo do PS liderado pelo nosso camarada António Costa", apontou Carlos César que, na Guarda num jantar com militantes, aproveitou para afirmar a descentralização como uma das prioridades dos socialistas.

"A melhor administração é a administração mais próxima dos cidadãos ", defendeu, assumindo que o Governo quer "cada vez menos administração central e cada vez mais administração regional e local".