A tourada é uma questão pela qual o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) se tem batido, mas todas as medidas que apresenta têm sido chumbadas. O que pode ser feito para alterar esta situação?
Continuar a falar delas. A maioria dos deputados não está a acompanhar o sentimento geral da população portuguesa, continua presa a preconceitos e a interesses económicos. Os portugueses não entendem por que se isenta da taxa de IVA uma prestação de serviços de um artista tauromáquico, tal como se faz com um médico, com um enfermeiro ou com um desportista.
Mas o objetivo final será acabar com as touradas?
Esse é um paradigma civilizacional que a sociedade portuguesa irá responder a seu tempo. O PAN defende que não é admissível o ser humano divertir-se à custa do sofrimento de outras formas de vida, seja através da tauromaquia, do circo ou do tiro ao voo.
Fala-se muito em maus tratos de animais, mas a tourada é uma exceção.
As touradas são maus tratos institucionalizados. A lei 92/95 diz que os maus tratos animais são condenáveis, excecionando a atividade tauromáquica. Portanto, o legislador reconhece que são maus tratos, só que está legalizado. Porquê? Porque é uma tradição. Por todo o mundo, as tradições tóxicas e que implicam a liberdade, o sofrimento e o bem estar de terceiros – pessoas ou animais – vão caindo. A escravatura era uma tradição e caiu.
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