A UTAO antecipa que o défice das administrações públicas tenha ficado entre 2,5% e 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) entre janeiro a setembro de 2016. Esta é uma estimativa que aponta para um valor central de 2,8%.
A confirmar-se, esta estimativa da UTAO revela que o défice nos primeiros nove meses do ano ficou "acima, quer da estimativa anual apresentada no Orçamento do Estado para 2017 [2,4%], quer do limite máximo para o défice recomendado pela Comissão Europeia", que é de 2,5%.
Para chegar ao objetivo do Executivo "será necessário que no quarto trimestre se registe um défice orçamental inferior ao registado nos trimestres anteriores".A UTAO acrescenta que para chegar aos 2,4% do PIB "será necessário que no último trimestre de 2016 o défice global se situe em 1,5% do PIB".
De acordo com os técnicos que apoiam os deputados na Assembleia da República “estes resultados trimestrais não só se afiguram mais exigentes” do que os alcançados primeiros três trimestres de 2016 como também terão de ser obtidos quando “a reposição gradual dos salários da Função Pública e a redução do IVA da restauração no segundo semestre colocam pressões acrescidas sobre o défice”.