O investimento captado através da atribuição de vistos gold caiu 18,7% em novembro, face ao mês anterior, para 47,5 milhões de euros. Os dados foram avançados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Já em outubro, o investimento captado tinha abrandado, registando um crescimento de 0,2% face a setembro (58.4 milhões de euros).
Do total dos 47,5 milhões de euros captados no mês passado, a maior parte corresponde à aquisição de bens imóveis, com um montante de quase 44 milhões de euros, o que representa uma diminuição de mais de nove milhões de euros face a outubro.
Em novembro foram atribuídos 78 vistos dourados, nome pelo qual também são conhecidas as ARI, dos quais 74 pela compra de bens imóveis e quatro por transferência de capital.
Até à data foram atribuídos cinco vistos de residência mediante o critério de compra de bens imóveis para reabilitação urbana, no âmbito das novas regras de concessão de ARI, em vigor há pouco mais de um ano. O primeiro visto 'gold' do género foi concedido em julho e os restantes quatro em outubro.
Em termos acumulados, desde a sua criação até final de novembro, foram concedidos 3.833 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 222 por transferência de capital, e seis pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
A China lidera a lista de ARI atribuídas (2.973 até novembro), seguida do Brasil (229), Rússia (143), África do Sul (130) e Líbano (70).
As novas regras para a obtenção de vistos gold, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor a 3 de setembro de 2015.
Desde 2013 foram atribuídas 6.411 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013; 2.395 em 2014; 1.322 em 2015 e 2.118 até ao mês passado.
No ano passado, o investimento resultante dos vistos gold caiu para metade, face a 2014, para cerca de 466 milhões de euros.