O primeiro-ministro foi confrontado pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, com o facto de a solução que permitirá compensar em parte as perdas dos investidores em papel comercial do BES estarem a ser seguros por uma garantia pública, uma situação que pode levar a que a fatura recaia sobre os contribuintes.
Mas Costa assegura que o Estado “só intervirá como garante” e que “a probabilidade de ser acionada a garantia tem um risco diminuto”.
António Costa voltou a sublinhar que o dinheiro que permitirá compensar os lesados do BES é suportado pelo fundo de resolução da banca, que é financiado com o dinheiro os bancos.
“Nunca seriam os cofres públicos a pagar, porque [essa obrigação] recairia sobre o fundo de resolução”, afirmou o primeiro-ministro.
De resto, Costa recordou que o montante de créditos em causa é de 485 milhões de euros, enquanto o valor que os lesados receberão será de 286 milhões de euros a três anos. Ou seja, será, no entender do primeiro-ministro, difícil que a garantia prestada pelo Estado venha a ser acionada.
Uma garantia que não convence o PSD, que continua convicto de que o Estado será "o lesado" do BES, graças à solução desenhada pelo Governo para compensar parte das perdas dos investidores não institucionais que compraram papel comercial do BES.