O tom subiu no último debate quinzenal de 2016. A troca acalorada de palavras, gritos e apupos tem marcado este primeiro ano de legislatura, mas desta vez o sentido de humor usado pelo primeiro-ministro para responder a Assunção Cristas foi a gota de água para o PSD.
Costa respondia aos presentes levados para o debate pela líder do CDS, afirmando que nunca duvidou de que Cristas daria uma "bela mãe Natal" e sugerindo a Luís Montenegro – que tem tomado a dianteira do debate, com Pedro Passos Coelho ao seu lado sem intervir – que para o próximo ano aproveite para fazer um número de Pai Natal.
Passos Coelho não achou graça nenhuma à piada de Costa e saiu da sala.
Marco António Costa aproveitou para pedir uma interpelação à mesa, criticando o tom das intervenções do primeiro-ministro.
Marco António acusou Costa de "estar a fazer gracinhas com a nossa bancada".
"É de muito mau gosto", considerou o deputado do PSD, instando o primeiro-ministro a deixar-se de piadas e a responder à oposição.
"O que queríamos recomendar ao senhor primeiro-ministro era que usasse o tempo para responder às perguntas que esta bancada lhe coloca e que ele não tem sabido responder", pediu Marco António Costa, que recebeu da presidente da mesa, Teresa Caeiro, o esclarecimento de que Costa está no seu direito ao fazer este tipo de comentários.
"É da responsabilidade pessoal e política do senhor primeiro-ministro a forma como o faz", frisou Teresa Caeiro.