“Felicito o governo por atingir metas, mas não queira atirar poeira para cara das pessoa a dizer que não teve medidas alternativas”, afirmou o presidente do PSD. “O governo aplicou mesmo um plano B”, acrescentou, acusando o executivo de cumprir as metas, mas não “conforme tinha dito”.
Passos Coelho disse que o executivo procedeu ao “ao maior corte de investimento público que há memória” e que aumentou “significativamente os impostos”. “Não fez nenhum milagre. Até descobriu que para atingir as suas metas era preciso ter medidas extraordinárias”, acrescentou.
O líder social-democrata referiu ainda que, quando iniciou o seu mandato no governo, o défice era de 11% e quando saiu, em 2015, era de 2.98%. “Se pode dizer que tem um défice abaixo dos 3% em 2016”, foi graças ao anterior governo, disse Passos Coelho.
Afirmou ainda que “Portugal foi o campeão do financiamento a 10 anos”, recordando ainda que o crescimento de países como a Espanha e a Irlanda foi superior ao de Portugal. “Pagam-se muito caras as reversões que foram feitas”.
E terminou com uma pergunta, relativamente à questão da redução da Taxa Social Única (TSU). “Soube atempadamente que não teria nos partidos mais à esquerda voto para apoiar o compromisso que assumiu com parceiros sociais. Porque é que fez um acordo que sabia que não tinha apoio para cumprir?”.