Para o primeiro-ministro, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) “ainda acabará” com uma previsão do défice para 2016 “melhor” do que a do Governo. Numa nota divulgada hoje pela agência Lusa, a UTAO estima “um défice em torno do limite definido” para o ano passado de 2,6 por cento do PIB, excluindo as medidas extraordinárias.
“Há cerca de um ano a UTAO previa que o défice ia ser 3,3% (do PIB), em dezembro já tinha baixado para 2,8%, hoje já vai em 2,6%. Ainda acabará com uma previsão melhor do que aquilo que o Governo prevê”, afirmou António Costa, acrescentando que o Executivo mantém o que já tinha dito: o défice “não será superior a 2,3 por cento”.
Já o Presidente da República sublinhou que a estimativa do défice da UTAO não conta "com medidas extraordinárias” e denota “uma evolução favorável”.
“A UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6 por cento, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chamam medidas extraordinárias – e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, vamo-nos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3 ou um bocadinho abaixo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, esta sexta-feira.