Para Carlos César, é preciso ter a certeza de que o que os sociais-democratas e centristas querem investigar na CGD respeita os limites legais.
“É preciso respeitar o que a Constituição dispõe sobre essa ou qualquer outra matéria, o que a lei dispõe e os regulamentos em vigor”, avisou em declarações aos jornalistas, frisando que “em primeiro lugar a lei e só depois a conveniência política”.
“O PS subordina a sua ação no Parlamento pelo cumprimento da lei, da Constituição e dos regulamentos”, vincou o socialista, que diz que o seu partido está disposto a aceitar essa iniciativa desde que ela cumpra todos os requisitos legais.
“O que for proposto que respeite a lei, a Constituição e os regulamentos naturalmente será aceite por nós. O PS usa todas as formas legítimas para defender a lei, a Constituição e os regulamentos”, avisou César, sem querer revelar se se irá opor por exemplo à divulgação dos sms trocados entre Mário Centeno e António Domingues com o argumento – que já foi usado na Comissão de Inquérito à CGD pelo deputado do PCP Miguel Tiago – de que isso viola a Constituição.
“Para nós o que é essencial não é saber dos sms, é trabalhar para defender a CGD”, limitou-se a responder Carlos César que, garantindo que “se a constituição desta comissão obedecer a foros os requisitos não só do ponto de vista legal como constitucional obviamente o PS não se opõe nem se pode opor”.
Quanto à Comissão de Inquérito à CGD que ainda existe, o líder parlamentar do PS diz que o seu partido vai continuar a trabalhar nela “até ao limite temporal que a lei prevê” e que se esgota a 24 de março.
Carlos César considera, contudo, que a direita não está interessada em apurar a verdade, mas sim em aproveitar politicamente a polémica que envolve Mário Centeno.
“O PSD e o CDS envolveram-se numa guerra partidária desesperada e a consequência dessa guerra partidária desesperada é o comprometimentos e o desprestígio da CGD”, critica César.