António Costa acha que "fazer mais do mesmo" não vale a pena e que o cenário de uma "geometria variável pode ser um mal-menor, mas é um cenário perigoso", porque abre caminho a que "uns se agrupem em torno do euro, outro em torno da defesa" e não haja um objetivo comum.
"É bom que a Europa se possa focar naquilo que é essencial e em que possa ser uma mais-valia", defendeu o primeiro-ministro no debate na Assembleia da República que serve para preparar o próximo Conselho Europeu.
Para Costa, o que é "essencial" é a definição de uma política comercial que não se traduza "nem protecionismo nem no capitalismo desregulado", em "mais cooperação judicial", em "maior prevenção nos fenómenos de radicalização", mas também num "euro sólido".
Costa não tem dúvidas de que para ter uma moeda única mais sólida "é necessário completar a União Bancária", "ter mecanismos de resposta aos choques assimétricos", "diminuir os custos da dívida" e criar uma espécie de fundo monetário europeu.
As prioridades devem, por isso, ser "mais convergência, com mais direitos sociais, com um euro que seja mais social para servir a prosperidade partilhada entre todos os europeus".