Só um voto contra Teresa Leal Coelho

A distrital do PSD de Lisboa aprovou este domingo o nome de Teresa Leal Coelho como candidata à Câmara de Lisboa. A candidatura da vice-presidente do partido, que foi uma escolha pessoal de Pedro Passos Coelho, foi aprovada com 23 votos a favor, dois brancos e um contra.

A “votação expressiva”, como lhe chamou o líder da distrital Miguel Pinto Luz, mascara o descontentamento que o nome de Leal Coelho tem provocado nas hostes sociais-democratas. A candidata a Lisboa é vista como uma escolha de recurso e está longe de entusiasmar. Há mesmo quem tema que fique atrás de Assunção Cristas nas eleições.

“Não vai ser fácil”, admite um dirigente social-democrata ao i. “Não estou propriamente aos pinotes com esta escolha”, reconhece outro dirigente. Os desabafos são feitos em off, porque a ordem agora é para cerrar fileiras em torno da candidatura contra Fernando Medina e conseguir o melhor resultado possível.

Miguel Pinto Luz disse mesmo aos jornalistas no final da reunião que formalizou a candidatura, que este é “um projeto ganhador”. Algo que em que muito poucos acreditam genuinamente no PSD.

De resto, as primeiras notícias que surgiram sobre Teresa Leal Coelho quando se soube que foi a escolhida por Passos Coelho para tentar ganhar Lisboa foram pouco abonatórias.

“Claro que não foi bom ser apresentada como a vereadora faltosa ou como a que esteve na administração de Vale e Azevedo”, reconhece uma fonte da estrutura local do PSD.

Apesar disso, a estratégia é agora a de centrar a discussão nas propostas para a cidade. José Eduardo Martins – que foi escolhido para essa função por Mauro Xavier sem o aval de Passos – preparou um programa eleitoral que vai entregar nos próximos dias a Teresa Leal Coelho.

E essa deverá ser a base da sua tática para Lisboa: trazer temas concretos para o debate, como o do concurso suspenso para as obras da Segunda Circular, a localização da nova Feira Popular, o destino dos terrenos da antiga Feira Popular de Entrecampos ou os problemas trazidos para a vida dos lisboetas pela proliferação de alojamentos locais.