O ministro das Finanças de Espanha, Cristobal Montoro, afirmou que o Orçamento vai “aumentar o crescimento e o emprego” ao mesmo tempo que permite ao país cumprir com as metas do défice negociadas com a União Europeia.
O orçamento baixa o IVA de concertos, teatro e de espetáculos ao vivo de 21% para 10%, além de aumentar os fundos para ajuda aos jovens e para o desemprego.
Este é o primeiro orçamento espanhol sem grandes restrições desde 2008 e foi adiado depois de duas eleições inconclusivas terem deixado o país sem governo durante quase um ano.
O documento tem como base a previsão que a economia espanhola, a quarta maior da zona euro, cresça 2,5% este ano, com uma redução do desemprego de 18,6% em 2016 para 16,6%. Assim serão reduzidos os gastos com subsídios de desemprego e aumentadas as receitas fiscais.
O governo prevê ainda que o défice baixe dos 4,5% do ano passado para os 3,1% este ano. “Estas são previsões prudentes”, disse o ministro da Economia, Luís de Guindos, em conferência de imprensa.
No ano passado a economia de Espanha teve uma das melhore performances da Europa, com um crescimento de 3,2% impulsionado pelo turismo e pelos baixos preços do petróleo.
O parlamento de Espanha deverá votar o documento no final de maio e será um teste para o governo do Partido Popular (PP), que está sem maioria. O PP, liderado por Mariano Rajoy, tem 137 dos 350 assentos e vai precisar do apoio de outros partidos para conseguir os 176 votos necessários à aprovação do parlamento.