O ministro das Finanças lembrou que este foi o desfecho de um processo que se iniciou com o anterior Governo. "É o início da fase final da resolução do BES, que começou em 2014", apontou Mário Centeno, assegurando que o seu Executivo conseguiu cumprir os objetivos a que se propôs.
"Para o Governo eram três os requisitos iniciais para a conclusão do processo de venda", recordou Centeno, que elencou os objetivos que considera terem sido alcançados.
O ministro considerou que "está afastado o espectro de liquidação do Novo Banco", que "não existe impacto direto ou indireto nas contas públicas" e que esta solução "garante a fundamental estabilidade do sistema financeiro".
"Por tudo isto esta é uma solução equilibrada", voltou a vincar o ministro das Finanças, que admite, porém, que sendo a solução possível não será a ideal.
"Não quer dizer que tenha sido a solução perfeita na perspetiva do Estado. Foi, porém, a melhor solução", asseverou o governante, que não tem dúvidas de que o Governo tomou a melhor opção tendo em conta o que estava em cima da mesa.
"Este foi o melhor negócio possível perante as circunstâncias concretas", garantiu Mário Centeno, recordando que o acordo chegou depois de "mais de um ano de processo negocial" e que "em agosto de 2015 não foi vendido 1% sequer do Novo Banco" quando Pedro Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque ainda estavam no Governo.
O ministro dirigiu-se também às críticas que ouviu das bancadas do BE e do PCP, que voltaram hoje a defender que a integração do banco na esfera pública é a única solução que garante o interesse público.
"A nacionalização do Novo Banco levaria a que Estado tivesse de o capitalizar no imediato no valor de quatro mil milhões de euros", recordou Centeno, que acredita que o trabalho que o seu Governo fez no Novo Banco e na Caixa Geral de Depósitos está a contribuir para que o sistema bancário se torne mais estável.
"O XXI Governo conseguiu em pouco mais de um ano criar as condições e promover a estabilização do sistema financeiro", considerou Centeno.