Passos Coelho assume que o objetivo do PSD nas autárquicas é o de conseguir um resultado melhor do que em 2013, um ano que correu muito mal ao partido. Mas se a fasquia não for atingida, não será por sua iniciativa que se colocará a questão da liderança social-democrata.
"Temos um objetivo que é o de ter um maior número de mandatos quer em câmaras municipais quer em juntas de freguesia2, clarificou Passos, em entrevista à SIC, reconhecendo que "se isso não acontecer, falhámos".
Passos Coelho não se dá por vencido na batalha eleitoral do dia 1 de outubro e continua a acreditar que é possível um bom resultado, mesmo em Lisboa.
"Há uma coisa que não aceito: é que se diga que o PSD vai perder essas eleições", avisa o líder do PSD, lembrando que ainda falta muito até ao contar dos votos.
"É muito provável que acabemos a ganhar câmaras que nunca pensámos ganhar e a perder câmaras que nunca pensámos perder", desdramatiza o líder que tem estado debaixo de fogo por causa do desenrolar do processo autárquico, mas que recusa tirar daí outras conclusões.
"Eu nunca me demitira com base num resultado autárquico", garante Pedro Passos Coelho, que não quer lançar "a instabilidade dentro do partido" a propósito de eleições que têm um resultado local e não nacional.
Uma coisa é certa: Passos Coelho diz não estar preocupado com a possibilidade de ter em Rui Rio um adversário no congresso de 2018.
"Eu não tenho nenhum receio do dr. Rui Rio", avisou o líder do PSD que se diz "muito tranquilo com a liderança que tenho no PSD".
O que Passos não revela é se quer fazer uma nova aliança com o CDS nas próximas legislativas caso continue à frente do partido.
"Não faço futurologia", limitou-se a dizer, reconhecendo que "o CDS é um partido importante para construir uma alternativa de Governo", mas sem se alongar sobre a sua relação com Assunção Cristas.
"Não há soluções únicas que para todo o tempo sejam as indicadas", afirmou, sem se comprometer.
O que Passos não quer é que fique a ideia de que Cristas é a adversária de Teresa Leal Coelho em Lisboa. "A líder do CDS não é nossa oposição, não é a nossa adversária", vincou depois de uma entrevista ao SOL na qual Assunção Cristas lançou várias farpas a Leal Coelho.