CGD: PSD confronta Centeno com fecho de balcões

O PSD continua a questionar Mário Centeno com o encerramento de balcões que faz parte do plano de reestruturação da CGD e que os sociais-democratas temem prejudicar algumas populações.

Foram já vários os pedidos de esclarecimento feitos pelo PSD sobre o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos, depois de Paulo Macedo admitir a intenção de reduzir para metade o número de agências do banco do Estado.

Desta vez, a pergunta é feita pelo deputado Luís Vales e debruça-se sobre as notícias que dão conta do encerramento de balcões em Penafiel e Lourdelo.

Na questão enviada ao ministro das Finanças, Vales quer saber se Centeno "confirma o encerramento destas duas agências da CGD em S. Vicente, Concelho de Penafiel e de Lordelo, Concelho de Paredes e em caso afirmativo que indique quais os critérios que motivaram a decisão para o encerramento destes balcões".

O deputado social-democrata diz no requerimento enviado ao Governo temer os efeitos sociais do encerramento destes balcões.

"O fecho da agência de Termas de S. Vicente trará elevados transtornos à população local e à dinâmica social dessa zona do concelho de Penafiel", alerta Luís Vales, que diz que "a agência de Lordelo detém uma área de influência significativa, que se estende às freguesias de Sobrado e Vilela e a duas freguesias do concelho vizinho de Paços de Ferreira (Frazão e Arreigada)".

"O encerramento do balcão da CGD em Lordelo, Concelho de Paredes, prejudica as mais de 400 empresas de Lordelo e a proximidade às populações que se exige do banco público", aponta o social-democrata.

Esta pergunta dirigida a Mário Centeno é apenas mais uma que se junta às várias feitas por PS, PSD, BE e PCP que já deram entrada no Parlamento sobre os efeitos do plano que Paulo Macedo vai concretizar e que prevê uma redução forte da presença do banco no território nacional.

O objetivo da administração é que até 2020 o banco tenha entre 470 e 490 agências, em vez das atuais 1211. 

A intenção faz parte do Plano Estratégico que vai vigorar até 2020 e que esteve na base do plano de recapitalização da Caixa, de 3,9 mil milhões de euros, aprovado por Bruxelas.