"O senhor primeiro-ministro não tem tratado bem este tema", começou por acusar Luís Montenegro, que acha que António Costa se tem referido à questão da Segurança Social "umas vezes com desdém outras vezes com demagogia outras com eleitoralismo".
O líder da bancada parlamentar do PSD acusou o primeiro-ministro de ter rejeitado os reptos da oposição para uma reforma para a Segurança Social e defendeu que ela é urgente.
Montenegro recordou os "5,5 mil milhões de euros que tiveram de ser transferidos de forma extraordinária para a Segurança Social" para assegurar a sua sustentabilidade e defendeu a necessidade de parar de fazer "mais remendos no sistema de Segurança Social" avançando para uma reforma.
"Quer ou não quer deixar de ser um Governo de remendos e passar a ser um Governo de reformas?", questionou Montenegro.
Costa assegura que está a construir soluções
"Como consta do Programa do Governo, nós levamos muito a sério a Segurança Social", respondeu Costa, lembrando que as receitas da Segurança Social subiram já 5,5%.
António Costa admitiu, contudo, que o caminho passar por "diversificar as fontes de receita da Segurança Social", tal como está no Programa do Governo, adiantando que está a trabalhar com BE e PCP no sentido de encontrar outras formas de financiamento.
Ainda ontem se soube que o Governo não descarta a hipótese de taxar os lucros das empresas com mais lucros e menos trabalhadores como forma de reforçar o financiamento da Segurança Social.
E o BE já veio defender que se aplique a ideia que consta do Programa Eleitoral do PS de agravar a TSU para as empresas que apostam nos contratos precários.