"Hoje vivemos infelizmente no nosso país uma democracia incompleta." Quem o disse foi Pedro Passos Coelho ao afirmar que "este governo não respeita o parlamento e isso é alguma coisa que, para alguém que já foi primeiro-ministro como eu, mete alguma impressão".
O líder do PSD pediu ainda ao governo para divulgar ao parlamento o parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras sobre a lei da imigração. "É uma invenção jornalística esse parecer ou existe mesmo e se existe porque não está no parlamento? Doutor António Costa existe ou não existe esse parecer, onde é que ele está?", interrogou Passos Coelho durante o jantar-comício em Parede, distrito do Porto.
Passos Coelho ainda acusou António Costa de "dizer falsidades" e tentou "corrigir" a afirmação do primeiro-ministro em que disse ter havido destruição de riqueza durante o mandato da coligação PSD-CDS (2011 a 2015). “O primeiro-ministro deve achar que por repetir muitas vezes estas falsidades elas passam a ser verdade. Doutor António Costa, que triste é eu estar a corrigir alguém que é primeiro-ministro, em 2014 e 2015 não houve destruição de riqueza, houve criação de riqueza”, rematou.
Fora do discurso de Pedro Passos Coelho ficou o relatório sobre o furto de material de guerra em Tancos, cuja veracidade foi questionada por António Costa.