Marcelo Rebelo de Sousa prestou ontem homenagem, na capela do Cemitério dos Prazeres, ao ex-presidente da República falecido em 2017. “Um ano volvido, Mário Soares continua vivo”, disse o chefe de Estado, para quem com Soares fechou-se “um ciclo decisivo da nossa democracia, da passagem da ditadura e, depois, da gesta dos militares de Abril para a plena soberania popular”.
Numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, do presidente da Assembleia da República e dos filhos e netos de Soares, Marcelo lembrou que ainda hoje o antigo presidente “nos conjura a não trocarmos o sonho pelo acomodamento, o combate pela resignação, a convicção pela concessão”. “Um ano depois, Mário Soares continua connosco nesta saga, como sempre esteve, de cabeça arguida, sorriso confiante, peito feito ao vento, olhos no futuro”, disse.
Por seu lado, António Costa chamou a Mário Soares “um homem exemplar”. alguém que conseguiu aliar “o idealismo e o realismo e, com isso, “construiu a história e, por isso, a história guardará o seu nome, a sua obra e o seu exemplo”.
“A nossa mais justa homenagem a Mário Soares é continuarmos o seu combate por um Portugal melhor. Cumprimos diariamente esse desígnio honrando as suas lutas. Sempre que lutamos por um Portugal mais desenvolvido e mais justo, homenageamos Mário Soares”, acrescentou o primeiro-ministro.
Para Ferro Rodrigues, “Mário Soares faz-nos falta” e “a melhor forma de não lhe faltarmos é valorizarmos hoje as suas causas de sempre: a democracia, o europeísmo, a justiça social, os direitos humanos.” Isto porque, disse o presidente da AR, Soares era “alguém que sabia que nada estava eternamente adquirido.
“Um ano volvido, Mário Soares continua vivo”
Marcelo esteve no tributo a Soares, um ano depois da morte