O primeiro-ministro considerou, esta quinta-feira, que o défice em 2017 revela que a economia de Portugal cresceu mais do que era suposto, sendo que a previsão inicial do Governo já era ‘otimista’.
Costa falava à margem do Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça, depois de ser confrontado com os mais recentes dados da Direção Geral do Orçamento sobre o défice alcançado em Portugal no ano passado.
“O défice das Administrações Públicas (AP) de 2017 ascendeu a 2574 milhões de euros, em contabilidade pública. Esta evolução traduz-se numa melhoria de 1607 milhões de euros face a 2016, explicada pelo crescimento da receita de 3,8% acima do crescimento de 1,6% da despesa”, revelou hoje o ministério das Finanças.
Para o Chefe de Estado, os dados revelam “bons sinais” e indicam que "não só houve uma boa gestão orçamental, como, sobretudo, se verificou que a economia portuguesa cresceu mais do que o otimismo do Governo previa que se crescesse em 2017".
"Estes dados demonstram que o défice desceu não por más razões, como, por exemplo, por cortes excessivos na despesa com cativações – algo que se perdeu tanto tempo a discutir -, ou por cortes que não existiram no Serviço Nacional de Saúde ou na escola pública", sustentou Costa.
"Como o emprego cresceu mais também aumentaram as contribuições sociais. É designadamente pelo saldo da Segurança Social e pelo aumento das receitas fiscais em consequência da atividade económica que resulta o défice verificado em 2017. São duas boas notícias: Uma boa execução orçamental e um excelente desempenho da economia", concluiu o líder do executivo.