A dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), Anabela Carvalheira, em declarações à Lusa, referiu que “a empresa assumiu em janeiro que entrariam 23 trabalhadores para a área da manutenção e 30 trabalhadores para a área das estações” mas, no entanto, até ao momento tal não se verificou.
“Até esta altura não há autorização do Governo para esta matéria e o que acontece é que nós continuamos com muitos comboios parados por falta de manutenção e os que andam a circular acabam também por não ter a manutenção necessária”, sublinhou a dirigente.
Anabela Carvalheira disse que os sindicatos entregaram, esta segunda-feira, o pré-aviso de greve ao Ministério do Ambiente e à empresa, caso a empresa e o Governo queiram “ainda encontrar uma solução que leve à não realização da greve e, portanto, à não penalização nem dos utentes nem dos trabalhadores”.
Além destes motivos, de acordo com o comunicado, estão também em causa os salários dos trabalhadores. “Desde 2009 que não tivemos um cêntimo de aumento. Se exigíssemos o justo valor, tendo por base a média da inflação, estaríamos a reivindicar cerca de 11% de aumento salarial, mas não foi isso que reivindicámos, e mantemo-nos disponíveis para uma negociação credível”, pode ler-se na mesma nota.
“Nós já tentámos de tudo para resolver estas matérias, portanto nesta altura, da nossa parte, nada poderemos fazer. Quem poderá fazer será a empresa ou a tutela, que terão de apresentar propostas de resolução concretas destas matérias”, concluiu a dirigente da FECTRANS.