O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e o Ministério do Planeamento e Infraestruturas negaram a acusação do PCP de apresentarem pretextos para não comparecerem às audições trimestrais para discussão de matérias relacionadas com os incêndios, aprovadas em janeiro.
À Lusa, a fonte da secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares negou a existência de pedidos de audições. "O governo não recebeu qualquer ofício da sétima comissão [Agricultura e Mar – CAM] a solicitar a audição, quer do ministro das Finanças, quer do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural no âmbito do requerimento em causa", explicou.
"Houve, sim, várias tentativas de marcar uma audição com o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, mas, em virtude de impedimentos de agenda do próprio e dos membros da comissão em causa, somente foi possível fixar para a data de 18 de abril, algo que ficou esclarecido em 04 de abril", acrescentou ainda a mesma fonte.
O Ministério da Agricultura recusou também as acusações. Num comunicado enviado às redações, pode ler-se que o gabinete do ministro "refuta categoricamente tais acusações, por nunca se ter recusado, sob qualquer pretexto, a participar em quaisquer iniciativas parlamentares, além de, só no mês de março ter estado por duas vezes no plenário da Assembleia da República, precisamente nos dias 14 e 28, a debater esse assunto".
O PCP enviou esta quinta-feira uma carta ao presidente da Assembleia da República a denunciar a não realização das audições trimestrais dos ministros da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural, do Planeamento e Infraestruturas e das Finanças na comissão da Agricultura e Mar, que foi aprovado em janeiro, nunca se terem realizado.