CDS demarca-se de acordo entre PSD e Governo

No dia em que António Costa e Rui Rio assinam o acordo sobre a descentralização e o acordo sobre fundos europeus, que inclui novas fontes de receitas para a União Europeia, o CDS deixou claro que não aceita o que foi acordado nesse ponto. Mas Costa deixou essa crítica sem resposta.

"Não aceitamos de modo nenhum  impostos ao nível europeu", afirmou o deputado do CDS Nuno Magalhães, que aproveitou o debate quinzenal para confrontar mais uma vez o primeiro-ministro com a carga fiscal a que os portugueses estão sujeitos.

Nuno Magalhães lembrou que o Governo cobrou "3 mil milhões de euros a mais de impostos indiretos" ao mesmo tempo que cortou no investimento público.

"O senhor não só aumenta a carga fiscal, também diminui o investimento público, que está hoje nos 2%, o patamar mais baixo de sempre", apontou o líder parlamentar centrista, referindo que o "investimento em Saúde desceu 28%".

Costa voltou a responder com o fim da austeridade, defendendo que este Governo repôs rendimentos e direitos.

"Nem precisa de ir muito longe. Circule aí pelos corredores da Assembleia e pergunte às pessoas que encontrar se têm mais ou menos rendimento disponível. Pergunte aos funcionários da Assembleia", desafiou o primeiro-ministro.