Está ao lado de António Costa, mas não dos impulsos de recentramento.
“O governo provou que é possível fazer outra política. Nós governamos melhor que a direita. Foi por isso que a palavra geringonça começou a ser traduzida em várias línguas”, disse Alegre, defendendo os parceiros de esquerda que, ao contrário do que aconteceu no congresso de há dois anos – em que o congresso aplaudiu pela primeira na sua história PCP e Bloco de Esquerda – têm sido agora pouco nomeados.
“Este governo foi apoiado por partidos que tiveram a coragem de apoiar uma solução que garantiu a sustentabilidade do governo”, afirmou Alegre, lembrando que “o PS estaria sequestrado se tivesse apoiado um governo minoritário do PSD” e “estaria a definhar como os partidos socialistas europeus que estão hoje em grandes dificuldades”.
Para Alegre, “o PS não pode inverter o caminho” e “uma viragem à direita significaria o risco de morte para o PS”. “É preciso que fique claro que o PS não é a ala esquerda do neoliberalismo”.
E citou Pedro Nuno Santos e os seus jovens apoiantes. “A minha esperança está em António Costa, mas também nos camaradas mais jovens que defendem os valores de matriz do PS. Estou com eles contra a tentativa de centrar o partido”.
Manuel Alegre levantou a sala, como sempre.