Assunção Cristas admitiu hoje que a proposta do PCP de produção de medicamentos pelo Estado poderá ser uma ideia interessante, mas apenas se ficar mais barato.
"Se for conveniente, se tiver recursos para isso, e se não ficar mais caro, podemos estar a falar de um caso interessante. Já se ficar mais caro, se não houve recursos para isso, não me parece que seja um bom caminho", defendeu a presidente do CDS-PP, em declarações aos jornalistas depois de uma visita ao Hospital Amadora-Sintra.
Assunção Cristas referia-se a um projeto de lei do PCP para converter o Laboratório Militar em Laboratório Nacional do Medicamento, pondo o Estado a produzir medicamentos, com o objetivo de reduzir o seu preço face à produção privada.
"Para nós, não há nenhum dogma em matéria de o Estado poder fazer ou não fazer", disse a presidente do CDS, prometendo estudar a iniciativa legislativa dos comunistas.
Assunção Cristas insistiu que os centristas não têm "uma visão ideológica e dogmática", mas uma "visão prática, que tem a ver com as condições efetivas que existem ou que se podem criar com facilidade e com vantagem para a qualidade [dos cuidados de saúde] e para o erário público".