O presidente da República escreveu esta quarta-feira à noite que nunca se "manifestou, nem pública nem privadamente, qualquer posição sobre a matéria respeitante à nomeação do Procurador-Geral da República".
O esclarecimento foi feito na semana em que o governo iniciou contactos com os partidos para avaliar o futuro da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal. Marcelo Rebelo de Sousa quis, desta forma, colocar um ponto final sobre a especulação quanto à recondução da procuradora, cujo mandato termina a 12 de outubro.
As informações veiculadas apontam para a recondução de Joana Marques Vidal, mas o presidente ainda aguarda que o governo lhe apresente as suas propostas. Por isso, o futuro da Procuradora-Geral da República é incerto.
Esta quinta-feira a ministra da Justiça recebe representantes dos partidos com assento parlamentar para avaliar a posição de cada um sobre a recondução ou não de Joana Marques Vidal. A procuradoria-geral da República tem, por seu turno, repetido a mesma resposta sobre o futuro da procuradora: "De acordo com a Constituição da República Portuguesa e o Estatuto do Ministério Público, trata-se de matéria da competência do Presidente da República e do Governo, não cabendo à Procuradora-Geral da República pronunciar-se sobre a mesma".