“Não podia deixar que as Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político”

Na carta de demissão enviada a António Costa, Azeredo Lopes volta a negar o conhecimento “direto ou indireto” da operação de encobrimento das armas

Na carta de demissão enviada por Azeredo Lopes a António Costa, o ministro demissionário nega ter conhecimento “direto ou indireto” da operação de encobrimento do roubo das armas e avança que a decisão de se afastar pretende evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político” que está a ser alvo.

"Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela", escreveu o ministro Azeredo Lopes, na carta de demissão a que a Lusa teve acesso.

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Sobre o conhecimento da operação de encobrimento levada a cabo pela Polícia Judiciária Militar, Azeredo Lopes nega ter conhecimento "direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos, autores do furto".

A decisão de abandonar o governo, anunciada esta sexta-feira, teve como objetivo “não perturbar” as negociações do Orçamento do Estado para 2019.