Rui Rio foi o último líder partidário a reagir às mudanças dos ministros da Defesa, da Economia, da Saúde e da Cultura, hoje aceite pelo Presidente da República. O líder do PSD falou aos jornalistas na sede do PSD, no Porto, e afirmou que "convinha esclarecer" se os ministros sairem pelo próprio pé ou por vontade exclusiva de António Costa.
"Ficará eventualmente a pergunta no ar se os ministros saem pelo seu próprio pé, ou seja, de certa forma descontentes com aquilo que é o Orçamento do Estado para 2019, não tendo à sua disposição o que precisavam para implementar a sua política, ou se saem realmente por vontade exclusiva do primeiro-ministro", afirmou o social-democrata.
O dirigente do PSD disse estranhar a data da decisão, mas afirmou que as mudanças no governo são a prova de que António Costa concorda com as críticas dos sociais-democratas.
Mas, para Rio, fica a faltar uma alteração: a saída do ministro da Educação. "Dentro daquilo que são as áreas que nós mais temos criticado e feito oposição ao governo falta a Educação e, portanto, continua a haver uma dessintonia. Enquanto nas outras áreas o primeiro-ministro acaba por dar a mão à palmatória e diz 'sim senhor, vamos remodelar', falta aqui a Educação", defendeu.