A escritora Margarida Rebelo Pinto foi uma das convidadas de Herman José no seu programa semanal na RTP ‘Cá por Casa’, que contou também com a presença dos atores João Didelet e António Machado e a cantora Sara Tavares.
A conversa do apresentador com os convidados abordou as influências da cultura africana no país e Herman José disse que Portugal não é um país racista.
Pouco depois o humorista perguntou à escritora se esta já tinha tido algum amor colorido. E Margarida Rebelo Pinto responde: “Não sou dada a etnias”. Há um momento de gargalhada do ator António Machado que estava ao lado e Herman José tenta explicar melhor: . "Não, não… estava a falar de colorido… se já te apaixonaste por alguém que depois chegasse à noite e não lhe apetecesse, mulher".
A situação e o vídeo do comentário da escritora estão a ser partilhados nas redes sociais, com a maioria das pessoas a criticarem a frase da escritora.
A própria associação SOS Racismo reagiu ao comentário de Margarida Rebelo Pinto.
Herman José conclui que Portugal não è um país racista, mas Margarida Rebelo Pinto demonstra imediatamente o contrário: “não sou dada a etnias”. https://t.co/ZlwlACma62
— SOS Racismo (@sosracismo) 15 de novembro de 2018
Veja o vídeo da conversa
Herman diz que Portugal não é um país racista e Margarida Rebelo Pinto parte a loiça toda… #racismo #etnia pic.twitter.com/sQC0NciYQ1
— Luís F. Ferreira (@Luygi_) 14 de novembro de 2018
Recorde-se que esta não é a primeira vez que as palavras de Margarida Rebelo Pinto geram polémica. Uma das situações que provocou mais críticas foi uma crónica que a escritora escreveu, há alguns anos para o SOL, intitulada a “As Gordinhas e as Outras”.
“Porque não é vista (a Gordinha) como uma mulher? Porque todos têm pena dela? E, já agora, porque é que quando uma mulher está/é gorda nunca ninguém lhe diz, mas quando está/é magra, ninguém se coíbe de comentar: ‘Estás tão magra!?’. Como dizia a Wallis Simpson: ‘Never too rich, never too slim’. E quanto às Gordinhas, o melhor é arranjarem um namorado. Ou uma dieta. Ou as duas coisas”, lia-se no texto de Margarida Rebelo Pinto.