O Conselho Nacional do PSD reúne-se esta quinta-feira às 17h num hotel no Porto para decidir se mantém a confiança política na direção de Rui Rio. O atual líder social-democrata recusou o desafio de Luís Montenegro para marcar eleições diretas, sugerindo antes uma moção.
A reunião dos sociais-democratas tem somado polémicas, a primeira está relacionada com o horário, mas pouco depois essa questão foi logo substituída pela forma de votação da moção de confiança, há os que defendem o voto secreto, outros preferem braço no ar. Há até quem, Mota Amaral é o mais acérrimo defensor, sugira uma nova forma que não vem sequer prevista nos estatutos: o voto nominal. Veja aqui o que diz o regulamento interno do Conselho Nacional;
O presidente do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto, tem remetido qualquer discussão sobre "a condução dos trabalhos e a votação" para a própria reunião, só se pronunciando "perante os conselheiros reunidos".
O encontro arrancará com o discurso do presidente do partido, Rui Rio, a quem caberá justificar a manutenção da confiança política no seu mandato, que vai a meio. De seguida, haverá várias intervenções, conforme os militantes que se tenham inscrito para falar, o que deverá demorar várias horas, estando por isso prevista uma interrupção dos trabalhos para jantar.
Após as intervenções segue-se a votação. Sublinhe-se que as normas internas do partido ditam que "as moções de confiança são apresentadas pelas Comissões Políticas e a sua rejeição implica a demissão do órgão apresentante".
Recorde-se que este encontro, e respetiva votação, do Conselho Nacional, tem sido apelidada de reunião da “clarificação” e ocorre menos de uma semana depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado Rio a "não ter medo" e convocar eleições diretas antecipadas, nas quais seria ele próprio também candidato.
No dia seguinte, sábado, Rui Rio recusou marcar diretas e sugeriu antes a votação de uma moção de confiança à atual direção do partido, acusando ainda Montenegro de um “golpe palaciano”
A decisão sobre o futuro do PSD recai agora na mão dos 136 membros do Conselho Nacional, metade foram eleitos, e quase outros tantos fazem parte daquele órgão por inerência.