O conselho nacional do PSD prossegue com 75 conselheiros inscritos e um dos discurso mais duros contra o líder do partido foi o de Pedro Pinto, líder da distrital do PSD/Lisboa. O dirigente exige voto secreto na moção de confiança à direção de Rui Rio e considerou que os seus ataques, no discurso inicial "não o assustaram". Aos jornalistas, Pedro Pinto fez questão de responder ao presidente do PSD sobretudo quando disse que António Costa, se for educado, agradece o serviço prestado a quem o quer derrubar.
Pedro Pinto disse ainda que falta "golpe de asa" ao líder do PSD. "Entra pelos olhos adentro que António Costa se tem andado a divertir com o PSD, não encontra oposição por parte do PSD. Rui Rio dá-lhe um jeitão”, argumentou Pedro Pinto. Mais, se a votação da moção for de braço no ar então "vai ser a chacota de todos os partidos democráticos em Portugal e aí não teremos só problemas com o PS, teremos problemas com o PS, com os partidos que estão a ser formados, com o CDS, porque realmente seremos um partido conservador". A frase foi proferida em direto para as televisões.
No seu discurso, Rui Rio deu a entender que Luís Montenegro está "à espera de ganhar uma eleição pela primeira vez " e que lhe faltou coragem. "Não foi seguramente a mim que me faltou a coragem. Faltou, sim, a quem há um ano atrás, na altura própria, não teve o arrojo de se assumir, poupando o PSD a este espetáculo pouco dignificante que estamos a dar aos portugueses", afirmou Rio, numa intervenção citada pela Lusa.
Ora, este ponto do discurso irritou os apoiantes de Luís Montenegro, e a tese entre os críticos é a de que em 2009, Pinto Moreira venceu as eleições autárquicas em Espinho, que os resultados no distrito de Aveiro, nas Legislativas de 2015 resultaram na eleição de dez deputados, em coligação com o CDS, contra 5 do PS, e que um líder "em vez de dividir deveria agradecer a quem dá a cara pelo PSD". Mais, houve quem recordasse ao i que Marcelo Rebelo de Sousa perdeu autárquicas em Lisboa e é hoje Presidente da República, Pedro Passos Coelho perdeu autárquicas na Amadora, e foi primeiro-ministro e António Costa perdeu Loures, mas chegou a chefe de governo.
No conselho nacional, a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque também já usou da palavra para considerar que Rui Rio não mobilzou o partido.