Quatro mulheres foram condenadas pelo juiz federal Bernardo Velasco por terem entrado na reserva natural de Cabeza Prieta, no estado do Arizona. O objetivo era deixar água e comida aos migrantes que tentam entrar nos Estados Unidos, o que tornou esta condenação a primeira sentença criminal da última década a ter por base causas humanitárias, avança o The Guardian.
As quatro mulheres pertenciam à organização não-governamental (ONG) “No More Deaths” (que pode ser traduzido como “Mais mortes não”). Segundo a ONG, o grupo de ativistas tinha como objetivo ajudar a salvar a vida dos migrantes que passam pela reserva.
A reserva de Cabeza Prieta é um dos percursos que os migrantes fazem ao tentar chegar aos Estados Unidos, sendo o deserto de Sonora, segundo a Reuters, um dos locais mais mortíferos da viagem.
Enquanto Natalie Hoffman foi condenada por conduzir um veículo no interior da reserva nacional e por ter entrado na zona federal protegida, as restantes mulheres – Oona Holcomb, Madeline Huse e Zaachila Orozco-McCormick – foram consideradas culpadas por terem entrado na reserva sem autorização e deixado lá bens pessoais.
O grupo “No More Deaths” utilizou a rede social Twitter para anunciar a condenação adiantando que a sentença será conhecida no dia 29 de janeiro.