Ao assinalar três anos de mandato, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma análise do mandato afirmando que o ambiente político nacional que se vive atualmente “é muito diferente” daquele que existia quando tomou posse.
Enquanto em 2016 "não se discutia se o governo ia fazer bem ou fazia mal, se a oposição era boa ou má" mas sim "a própria legitimidade democrática da situação vivida”, atualmente "o que se discute, como é natural em período eleitoral, é se quem governa, governa bem ou se quem governa, governa mal, e se quem propõe alternativas, propõem alternativas melhores ou piores", disse o Presidente da República à margem da iniciativa no liceu Passos Manuel, em Lisboa.
O Chefe de Estado considera ainda que a batalha de convencer a esquerda e a direita a conviverem no mesmo país está “largamente ganha”.
Sobre a recandidatura, Marcelo voltou a adiar o tema para o “verão de 2020”. “Ainda não chegámos ao ponto de eu ter de decidir. Decidirei no verão, algures entre agosto, setembro, o mais tardar outubro de 2020”, afirmou.
Caso decida avançar com uma recandidatura às eleições de 2021, Marcelo garante que irá explicar “aos portugueses quais são os compromissos internacionais” que irá respeitar e o que não fará durante o novo mandato, “para não estar a confundir o exercício do mandato com campanha eleitoral”.
Por outro lado, se optar por não concorrer, "então naturalmente há que dar o palco, com a convocação das eleições, aos candidatos para a eleições de janeiro de 2021".